Educação

Estudante do IFSul é selecionado para programa de intercâmbio no Japão

Todos os gastos serão cobertos pela iniciativa do governo japonês em parceria com o Brasil

Carlos Queiroz - DP - Diogo Marth embarcou na sexta-feira com destino a Tóquio

Por Vitória de Góes

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O interesse pela ciência vai levar um aluno do Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul) para passar uma semana no Japão. Diogo Marth, 19, está no último ano do curso integrado de Técnico em Química e embarcou na sexta-feira com destino a Tóquio para participar do Sakura Science High School Program. A iniciativa ocorre entre os dias 16 e 22 de abril e foram selecionados dez estudantes da rede federal brasileira.

O estudante, natural do interior de São Lourenço do Sul, veio para Pelotas para estudar na instituição e, desde cedo, já tinha curiosidade pelo meio científico. Durante a trajetória acadêmica, chegou a participar de olimpíadas na área e recebeu diversas premiações. O intercâmbio surgiu como mais uma oportunidade de desenvolver conhecimentos e também ter uma experiência de imersão cultural.

Além de um histórico escolar com bom desempenho e participações em projetos de pesquisa, para se inscrever no edital, Diogo também precisou escrever uma carta de intenções – em inglês – e entregar um certificado de proficiência na língua.

Agora, ele se prepara para conhecer uma nova cultura, trocar experiências com outros alunos e conhecer algumas cidades japonesas. Durante sete dias irá participar de seminários, visitar institutos de pesquisas como a Agência Espacial do Japão, e instituições como a Universidade de Tóquio. A comitiva brasileira contará com dez estudantes e dois servidores. Ainda haverá outros grupos da Argentina, Chile, Taiwan, Nepal e Sri Lanka que participarão do programa.


Novas experiências e aprendizados
Sobre as expectativas quanto à viagem, Diogo diz esperar agregar muitos conhecimentos. “Sei que o que verei lá será tudo muito novo, muita tecnologia que ainda não conheço, uma nova cultura. Então estou indo de mente aberta para absorver o máximo que eu conseguir e poder relacionar essa experiência com o que vou seguir na minha vida.”

Todos os gastos com a viagem, como passagens aéreas, hospedagem e alimentação, serão custeados pelo programa que firma um acordo entre a Agência de Tecnologia Japonesa e o governo brasileiro. O diretor de assuntos internacionais do IFSul, César Nogueira, explica que atualmente há 42 instituições de ensino profissionalizante no País, somando 650 campi, o que configura uma alta concorrência pelo intercâmbio. “Fora a experiência, quando ele retornar as pessoas ao seu redor também vão acabar de uma certa forma se conectando com a história. Os colegas vão se motivar a participar desses processos, ver que é possível, se preparar estudando uma outra língua, então uma coisa influencia a outra”, relata.


Outras oportunidades
Além do programa Sakura, a instituição oferece outras oportunidades. Para o Ensino Superior, por exemplo, há o Brafitec, voltado para os cursos de engenharia. Nele, os estudantes selecionados podem ficar até dois anos estudando em uma universidade francesa que possua acordo de cooperação. Os intercambistas recebem bolsa do governo federal, por meio da Capes, para deslocamento e cobertura dos custos durante todo o período no exterior.

Também há o programa de dupla diplomação com instituições de ensino superior de Portugal. Durante um ano os estudantes cursam a graduação e também recebem uma bolsa de auxílio para se manter no país.

Para ficar de olho nas oportunidades, é necessário acessar o site editais.ifsul.edu.br e conferir as atualizações de novos editais.


Sobre o programa
O Sakura Science High School Program (Brazil) é uma iniciativa com duração de sete dias que acontece no Japão. O programa é oferecido semestralmente pela Agência de Ciência e Tecnologia do Japão (Japan Science and Technology Agency – JST), em colaboração com o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif) e a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação (MEC). Ele é voltado para o Ensino Médio e podem participar alunos de redes federais com curso técnico integrado.

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